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tanto devaneio,

é tanto suspirar de querer adivinhar porventura quem a uma hora dessas também espia escuridão do mar em silêncio arranhado por grilos. quem testemunha o mistério no barulho de águas atiçadas que daqui ouvi sem nada ter enxergado, como se saltasse grande corpo e tão logo revolvesse ao ventre (quem sabe utópica baleia?) quem mais como eu sonha desperta e mordisca a própria pele sem saber se está toda onírica na vertigem duma cidade como esta. quem mais quase sufoca de tanto demandar os olhos em cores nunca repetidas, o corpo inteiro atravessado pelo vento que vasculha entranha de ruas quase sempre sonolentas. quem mais desenha deseja desespera esperança, quem mais sussurra segreda revela faz hora noite acima sem sequer um peso na pálpebra na espreita de inusitado lance, quem mais se encontra perdida em teimas vícios e línguas secretas para dizer cochichos que só o silêncio no imprevisto da noite é que escuta. quem mais além quem mais insiste? alguém?





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