silente sibilina oMar dança cantiga de lua debulhando-se. (duas e dezoito madrugada anônima vertigem de quase insuportável beleza tudo faz silêncio, e até o vento) oMar insinua mil serpentes prateadas de um leve cobre, de uma leve cor que não sei o tom, só sei o olho enfeitiçado, mirando, teso de encanto. arfante, a lua dedilha pele ouriçada de uma deusa. silenciosa, complacente, ornada de mistérios. ~
enquanto isso, sou apenas um ponto incrédulo no breu do quintal. e de tão pequeno só sabe balbuciar alguma poesia. pra não morrer de tudo a tudo. para apenas morrer-efêmero, para apenas adormecer e depois continuar o sonho. teimoso looping. em suma, não tenho, nunca tive outros olhos para oMar que não estes. criança, mulher, senhora milenar e a todo instante aprendiz.
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